Muita gente me pergunta isso ‘Ah mas quais são os tipos de apego e como eu faço pra saber de que tipo eu sou, ou meu filho ou meu marido?” ou “Estou com dificuldade de ter paciência com meu filho de 3 anos e fico preocupada com as consequências emocionais disso no futuro. Como faço?” Então, esse texto é para dar um apanhado geral bem básico das principais características dos tipos de apego, que são os padrões de comunicação e relacionamento que nós trazemos das nossas primeiras relações de infância, com nossos cuidadores mais próximos e suas consequências no comportamento adulto.
Apego Inseguro Evitativo
A criança cai, se machuca, vai até o pai ou a mãe por que caiu e o adulto diz pra ela: “Ah isso não foi nada. Isso é besteira. Vc vai chorar por causa de um machucadinho assim tão bobo?”
E a criança em prantos, com dor no joelho, já começa aí a engolir o choro e entender. “Opa peraí… aqui nessa relação não tem espaço para mostrar minhas fragilidades, quando algo me deixa mal. Se isso acontece a primeira, a segunda, a terceira vez… pronto, a criança já entendeu o recado e ela provavelmente não vai mais levar suas demandas para este adulto. Não vale a pena. Ela sabe o que ela está sentindo, ainda não cortou totalmente a conexão com ela mesma, então, ela sofre e sente sozinha, desamparada emocionalmente…
A pessoa que vivencia este tipo de trato com as emoções, esta forma de desqualificar ou rechaçar as emoções na infância tende a ser mais distante dela mesma e dos outros, ter dificuldade em ter intimidade, mais frieza. Em casos mais extremos, se torna apática, depressiva, triste.
No apego inseguro evitativo, o adulto tende a apresentar, inibição emocional, frieza, auto-suficiência, bom rendimento acadêmico, ansiedade, medo, raiva, hostilidade, desconfiança.
São as pessoas q geralmente na terapia e nas conversas em geral ñ se soltam mto nas narrativas sobre si mesmas, precisam de pessoas presentes com perguntas, q recoloquem sempre o interesse em saber sobre elas, sem serem invasivas… e aí pouco a pouco ela vai se dando conta de q sim, os sentimentos importam e passa a se olhar + nesse aspecto.
Apego Inseguro Ambivalente ou Preocupado
A criança caiu e machucou, chora, busca o adulto para se consolar, obter ajuda e o adulto, ao invés de ajudar a criança a se acalmar, ele próprio entra em desespero, fica nervoso, fica perdido sem saber como lidar com a situação.
A criança além de estar naquela situação com o machucado que ela já tinha, ela fica com um segundo problema. Ela tem que manejar o mal-estar do adulto, que foi causado por ela. O adulto que lida desta maneira também não consegue ganhar a confiança da criança para escutá-la em momentos críticos. A pessoa que passou por isso na infância tende a ser mais medrosa, a transbordar as emoções, ter dificuldade de se conter e se acalmar.
Na vida adulta tende a se expressar muito através do choro, ser mais carente, demandante, muito dependente de todos os demais, passa da raiva ou ameaça à posição vitimizada, com muito medo, estresse, ansiedade.
Essa pessoa vai precisar q o entorno lhe ofereça mta calma, acolhimento e confiança, pra q possa voltar a confiar na possibilidade de se equilibrar.
Apego Desorganizado
“Eu faço isso com vc porque eu te amo.”
O apego desorganizado é o + grave, pq ñ há uma estratégia pra se relacionar com o outro. Se nos apegos inseguros, a criança desenvolve uma estratégia, aqui não. É a cça q sofre violências, abusos por parte das figuras de apego, então, nunca sabe o q esperar, se vem amor ou se vem violência e ela é q tem q discriminar o q é nutritivo do q é tóxico. É demais para ela, fica desorientada. Na vida adulta pode manifestar inibição profunda, explosões de cólera, compto demandante, superficialidade com desconhecidos, tentativas desesperadas de exercer controle sobre o ambiente.
São as pessoas q precisam de cuidados + abrangentes mtas vezes envolvendo medicação. Entrar em contato com os sentimentos pode despertar mtas defesas. No processo terapêutico, precisamos ir com muita cautela, reconhecendo cada progresso.
Apego Seguro
“Eu tenho alguém que está comigo não importa o que aconteça, se interessa por mim e vai permanecer ao meu lado até o fim.”
O apego seguro é aquele em q predominam estabilidade, flexibilidade, abertura, s/ defesas excessivas, confiança, alegria, prazer, calma, tranquilidade. São as pessoas que durante a primeira infância tiveram pelo menos 1 cuidador presente em sua vida de forma suficiente para lhe trazer a experiência de uma base segura.
Quando se forma o padrão de apego seguro, podemos apostar que a criança irá se desenvolver de forma autônoma, porque ela se manteve conectada com suas emoções e sensações e apreendeu que elas são importantes e merecem a atenção dela mesma e de um outro, nos momentos em que precisa de ajuda. E como precisamos de ajuda na infância e ao longo da vida, né?
As pessoas que têm apego seguro sabem lidar de forma equilibrada com suas responsabilidades e geralmente valorizam tanto o material quanto o emocional. Interessam-se por algo além da mera sobrevivência. Querem vivenciar o sentido de aventurar-se e serem felizes.
É importante dizer que existe também o Apego Seguro Alcançado, que é o que buscamos promover através da psicoterapia individual e da orientação de pais. Aqui na Khalaó Terapias primo muito por essa compreensão do desenvolvimento humano que traz muitos elementos importantes sobre a nossa natureza humana.