Sandor nasceu em 1914. Era médico obstetra e neurologista, de família húngara. Na 2ª guerra, a família precisou fugir para os campos de refugiados, onde ele trabalhou como médico da Cruz Vermelha. Na Europa, muito frio, eram muitas as pessoas em estados calamitosos, com membros congelados, amputados, sem carvão, sem medicação. Pessoas que haviam fugido pela floresta, pela neve, em estado de choque. Ele já tinha conhecimento de alguns trabalhos corporais e relaxamento baseado em hipnose. Em seus cursos já no Brasil, contava que, numa noite, estava cuidando de uma senhora com muitas dores, que não dormia há 3 noites. Sandor foi segurando a perna dela, testando algumas posições e perguntando se melhorava, até que ela dormiu. Passou a noite segurando as pernas daquela senhora e foi pensando no que estava acontecendo neurologicamente. Começou aí a conceber o embrião da calatonia. Depois, perdeu os pais e a mulher na fuga da Europa. Ficou com os dois filhos pequenos e veio para o Brasil em 1949.Chegando ao Brasil, Sandor se estabeleceu em São Paulo e começou a usar o toque sutil em consultório. Trouxe na bagagem conhecimentos de Jung e de hipnose. Tornou-se professor na PUC-SP. Desenvolveu o método da calatonia com psicólogas e alunos da PUC, que foi assim batizado graças à palavra grega “Khalaó”, que significa: relaxação, alimentação, abrir uma porta, deixar ir, regulação do tônus, perdoar aos pais, desatar os nós, retirar os véus dos olhos. A calatonia toca o ser como um todo, envolvendo corpo, alma e espírito.