Nos últimos anos, as estimativas da prevalência do autismo têm aumentado dramaticamente. Nos Estados Unidos da América, por exemplo, de 1 para cada 150 crianças de 8 anos em 2000 e 2002, a prevalência do TEA aumentou para 1 para cada 68 crianças em 2010 e 2012, chegando à prevalência de 1 para cada 58 em 2014, mais que duplicando o número de casos durante esse período.
Disseminar informação a respeito é fundamental já que a intervenção precoce está associada a ganhos significativos no funcionamento cognitivo e adaptativo da criança. Alguns estudiosos têm até mesmo sugerido que a intervenção precoce e intensiva tem o potencial de impedir a mani-festação completa do TEA, por coincidir com um período do desenvolvimento em que o cérebro é altamente plástico e maleável.
São sinais sugestivos no primeiro ano de vida:
perder habilidades já adquiridas, como balbucio ou gesto dêitico de alcançar, contato ocular ou sorriso social;
não se voltar para sons, ruídos e vozes no ambiente;
não apresentar sorriso social;
baixo contato ocular e deficiência no olhar sustentado;
baixa atenção à face humana (preferência por objetos);
demonstrar maior interesse por objetos do que por pessoas;
não seguir objetos e pessoas próximos em movimento;
apresentar pouca ou nenhuma vocalização;
não aceitar o toque;
não responder ao nome;
imitação pobre;
baixa frequência de sorriso e reciprocidade social, bem como restrito engajamento social (pouca iniciativa e baixa disponibilidade de resposta)
interesses não usuais, como fixação em estímulos sensório-viso-motores;
incômodo incomum com sons altos;
distúrbio de sono moderado ou grave;
irritabilidade no colo e pouca responsividade no momento da amamentação.
A avaliação do Desenvolvimento Neuropsicomotor é fundamental.
É importante a atuação de equipe multidisciplinar para o completo diagnóstico e tratamento dos casos com suspeita de TEA.
Adaptado de: Manual de Orientação- Transtorno do Espectro do Autismo – Soc. Brasileira de Pediatria