Em seus braços sou feliz

khalaó | BlogueDurante as primeiras semanas de vida, o bebê se sente feliz e seguro nos braços do pai ou da mãe. Seu relaxamento e seu sorriso despertam nos pais o sentimento de proteção e a segurança de que estão indo bem.

Até os 4 ou 5 meses, a atração que o bebê sente pela mãe ele a comunica pela linguagem corporal.: quando está em seus braços a cheira, olha em seu rosto, estende as mãos e a toca e sorri, num gesto placentero. Inclusive às vezes se lança a explorar seu rosto com a boca, dando-lhe “mordidinhas de carinho”.

Ao redor dos 6 meses, mãe e filho em sintonia cada vez maior estreitam seus laços. Observa-se que o rosto da mãe é mais importante para o bebê do que qualquer outro e ambos vibram de felicidade quando se imitam em expressões. Esses intercâmbios são uma mostra de amor e além disso constituem a base de sua aprendizagem: é desta forma que o bebê vai aprendendo a antecipar, já que suas ações provocam uma resposta na mãe.

Assim nasce o amor incondiconal pela mamãe

Amamentar nosso filho, sempre que não houver impedimento para a mãe, é o melhor que podemos fazer. O leite materno não só é o melhor alimento para o bebê, como também se converte em um mediador de oxitocina, que favorece as condutas de apego e a vinculação. “O tempo dedicado à amamentação é um momento de intercâmbio afetivo, de contato pele-a-pele, no qual a mãe se comunica com o bebê, este lhe busca visualmente e se produz o contato ocular. O tempo se detém e o mundo se resume à mãe e filho. Ambos compartilham um estado fisiológico e de ressonância emocional”, assegura a psicóloga Cristina Cortés.

A ocitocina é um neuroléptico, uma espécie de mensageiro que viaja pelo corpo e gera estados emocionais ou propicia emoções. Entre as muitas virtudes da ocitocina, estão as que incrementam as condutas de contato visual e a sensação de confiança, assim como a habilidade para perceber as emoções dos demais a partir dos gestos faciais.

Se ocorre o contato pele-a-pele logo após o nascimento, a mãe e o bebê se exploram um ao outro. As mães costumam realizar tentativas de se colocar com o bebê de forma que ambos possam se olhar nos olhos. “Esse contato visual é importante no início desta relação que está se criando na díade mãe-bebê. Os olhos bem abertos e as pupilas dilatadas, que o bebê apresenta ao nascer em decorrência do esforço do parto, atraem intensamente as mães, que ficam embevecidas e se apaixonam pelos filhos”, acrescenta Cristina Cortés.

O vínculo afetivo com a mãe começa desde a gestação, então, o habitual é que o bebê inicialmente se apegue física e emocionalmente a ela. Com o tempo irá ampliando seu mundo social, ao pai e a outros cuidadores.

A importância do apego

Por outro lado, se o pai ou a mãe se desvinculam, não respondem à conduta do bebê, perde-se a oportunidade de estabelecer a comunicação e esse estado emocional compartilhado e de sintonia entre ambos. “Se isso chega a ser a tônica geral, o bebê irá no caminho da desconexão emocional e social. A comunicação, o afeto e o amor são aprendidos na medida em que são experimentados uma e outra vez. Essa experiência sensorial e afetiva nos impulsiona a buscá-la e mais tarde a transmiti-la como a aprendemos”.

Muitas mães expressam que estão apaixonadas por seus filhos e os pais se embevecem olhando para eles porque o feitiço de amor que o bebê irradia nos pais é prodigioso. Tamanha é a necessidade que o bebê tem dos pais para sobreviver que a natureza lhe deu de presente habilidades suficientes para converter suas necessidades na prioridade máxima de seus pais. Deixe-se seduzir pela flecha de seu bebê e apaixone-se, há muitos benefícios tanto para você como para ele.

* Parte III do artigo “10 Pruebas de amor de que tu bebe te quiere”, por Maria Álvarez.

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